terça-feira, 2 de outubro de 2012

Compreender o envelhecimento é valorizar a experiência de todos



    Pesquisas apontam para o envelhecimento da população brasileira e para os impactos econômicos e sociais deste fenômeno. Porém, mesmo levando em consideração estes importantes arranjos, penso que devemos dar maior importância para os inevitáveis desgastes na vida destas gerações, nos sonhos, nas perspectivas e nos projetos de vida.

    Estou aqui propondo uma mudança de lente, trocando a dimensão para uma perspectiva humana, de troca de conhecimento entre gerações, de projetos pessoais e coletivos, de políticas públicas voltadas para os idosos, de valorização dos mais velhos, produzindo e pensando a cidade a partir da generosidade de compartilhar suas experiências com todos os cidadãos.

    Será que estamos preparados para o envelhecimento? Neste aspecto, penso que tratar do envelhecimento da população requer planejamento e criatividade, bem como compreender o próprio envelhecimento.

    É preciso superar as barreiras culturais que atribuem para a figura do idoso algo negativo. Devemos  encarar o envelhecimento como um atributo positivo e normal, aproveitando a experiência, valorizando competências, aliás, seguindo exemplos de sociedades maduras que envolvem jovens e idosos em um processo mútuo de transmissão de conhecimento.

    Percebo que temos de avançar na elaboração de projetos que estimulem a cidade integrada, nas quais as gerações convivam e aprendam em paz, sem hierarquias e verdades absolutas. E neste cenário, a participação e a valorização da "melhor idade" é fator chave para o enriquecimento emocional, social e até mesmo econômico da sociedade como um todo.

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