Matéria
da Agência Estado distribuída no domingo 26 de agosto para veículos de imprensa
de todo o país, intitulada: “Presidentes de Câmaras multiplicaram patrimônio”
fez levantamento das declarações patrimoniais dos vereadores que presidem os
legislativos de 23 capitais e que disputam a reeleição. O levantamento comparou
o patrimônio que declarei em 2008 (4 anos atrás) – de 81,6 mil reais –
com meu patrimônio atual, cujo acréscimo foi de um apartamento avaliado em 250
mil reais, sendo destes 200 mil reais financiados pela Caixa Econômica Federal.
A
matéria sugere, sem o dizer, que haveria algo de questionável nesta diferença,
o que é simplesmente a negação do jornalismo. Se o jornal entende que há
algo de irregular na evolução patrimonial de quem quer que seja, deve afirmá-lo e não simplesmente sugestionar que existe
algo de errado, sem mesmo analisar racionalmente o conteúdo de tal matéria. Se
entende que não, então não possui sequer notícia e, portanto, não deveria ser
publicada.
Reitero,
que no meu caso, a evolução patrimonial se deve à compra de um apartamento
financiado em 20 anos, restando ainda 18 anos a pagar. Aquisição e
pagamento das prestações feitos com esforço meu e de minha esposa. Algo,
aliás, feito por milhares de brasileiros nos últimos anos e que não deveria
surpreender, visto que tomamos a decisão de comprar nosso apartamento quando
nos casamos.
Acreditei,
quando prontamente forneci esta informação ao jornalista que me questionou
acerca de minha evolução patrimonial, ter sanado qualquer dúvida. Porém, o
referido jornal produziu outra matéria cujo título é “Líder do ranking dos que
multiplicaram patrimônio alega ter apenas se endividado”. Então, os
leitores são informados de que eu “aleguei” algo; não que forneci informação
certa e precisa, comprovável por qualquer interessado.
Ambas
as matérias produzidas pelo jornal O Estado de São Paulo são especulativas,
preconceituosas e produtoras de injustiça. Como homem público, só me resta lamentar que o tão importante
ofício do jornalismo tenha chegado a este ponto. O correto seria que o
jornalista, ao ter conhecimento do financiamento, não incluísse o valor devido
nesse “suposto” calculo de crescimento percentual, afinal DÍVIDA NÃO É
PATRIMÔNIO, o que por certo faria com que nem ao menos o meu nome fosse
citado na matéria.
Em
resposta às insinuações covardes e ao uso político deste “conteúdo” produzido pela Agência Estado, assim
como à reprodução e repercussão que já alimentam páginas impressas e on line
de outros veículos ou em blogs, e mesmo nas redes sociais, coloco à
disposição cópia das minhas últimas declarações de renda, de tal forma que
todos os interessados possam conferir minha evolução patrimonial.
Mauro
Zacher
Presidente
da Câmara Municipal de Porto Alegre
Nenhum comentário:
Postar um comentário